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Primeiros data centers de IA no Brasil podem consumir mesma energia de 16 milhões de casas; conheça os projetos






Primeiros Data Centers de IA no Brasil

Dado Capital

O Brasil entra na era dos data centers de inteligência artificial (IA) com pelo menos quatro novos projetos já anunciados. Situados no Rio de Janeiro (RJ), Eldorado do Sul (RS), Maringá (PR) e Uberlândia (MG), esses centros de dados estão previstos para consumir a mesma quantidade de energia que 16,4 milhões de residências. Essa informação foi consolidada a partir das potências anunciadas pelas empresas envolvidas, refletindo a magnitude do impacto energético desse setor em crescimento acelerado.

Desenvolvimento dos Projetos

Entre os projetos em destaque, a Elea Data Centers planeja o Rio AI City em Jacarepaguá, que já abriga um data center de nuvem e projeta um complexo inicial de 1.500 megawatts, com possibilidade de expansão para 3.200 megawatts. Em Maringá, a RT-One anunciou planejamento que envolve uma área de livre comércio para facilitar a importação de equipamentos vitais para operação, utilizando água subterrânea do Aquífero Guarani para refrigeração. Já o Scala AI City, em Eldorado do Sul, propõe um sistema inovador que utiliza óleo para resfriamento, resguardando o consumo de água. Caucaia (CE) também está no mapa, sendo a cidade escolhida pela Casa dos Ventos para possivelmente abrigar um data center que, segundo a Reuters, serviria à ByteDance, criada pela proprietária do TikTok.

Considerações Ambientais e Energéticas

O impacto ambiental e energético dos data centers de IA é um ponto de contínuo debate entre especialistas. Segundo Eduardo Fagundes, engenheiro e especialista em tecnologia, embora projeções indiquem o alto consumo de energia, o uso real pode ser menor. No entanto, faltam dados públicos confiáveis para avaliar o impacto real no meio ambiente, especialmente em relação ao consumo de água.

Desafios e Regulação

A regulação de inteligências artificiais, um campo emergente que busca balancear inovação e riscos, está no centro das atenções. Dados da Stanford University’s 2025 AI Index revelam que a menção a regulamentações de IA cresceu significativamente, destacando uma árdua tarefa de traçar regras em um cenário de avanços rápidos em IA.

O Brasil, atualmente com 188 data centers de nuvem, avança para integrar data centers especializados em IA em seu portfólio, mas as questões energéticas e ambientais exigem análises detalhadas. Segundo Elaine Santos, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia, as consequências desses projetos não são totalmente compreendidas, dado que a pesquisa ambiental profunda para cada instalação ainda não foi realizada.

Conclusão

Os data centers de IA no Brasil representam um avanço significativo na infraestrutura tecnológica do país, mas também levantam preocupações sobre sustentabilidade e consumo energético. Com investimentos bilionários em jogo, bem como potenciais impactos ambientais, a regulação eficaz e a transparência de dados se tornam cruciais para assegurar que os benefícios superem os desafios deste novo passo no desenvolvimento digital brasileiro.


Esta reportagem é uma produção do Dado Capital, trazendo ao público conteúdo claro, objetivo e fundamentado em dados, para uma compreensão completa dos principais avanços no segmento de tecnologia e seu impacto no Brasil.


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