Por: Dado Capital
1º de Agosto de 2025, Washington, DC — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na última quinta-feira (31) uma nova ordem executiva impondo tarifas elevadas sobre produtos importados de diversos países. Esta medida, que visa proteger interesses econômicos dos EUA, altera as taxas previamente aplicadas, com alíquotas variando entre 10% e 50%.
Brasil e Síria no Topo das Tarifas
O Brasil se destaca como o país mais afetado, com uma tarifa máxima de 50% sobre seus produtos exportados. Esta nova taxa, acompanhada de um decreto específico assinado por Trump no dia anterior, adiciona tensões ao já complexo cenário comercial entre Brasília e Washington. A Síria segue com uma alta alíquota de 41%, enquanto Laos e Mianmar enfrentam taxas de 40%.
Donald Trump, em sua segunda presidência, tem intensificado o uso de tarifas como instrumento de política econômica. Desde janeiro de 2025, a média das tarifas aplicadas pelos Estados Unidos saltou de 2,5% para 27%, elevando o patamar ao mais alto em mais de um século, segundo dados compilados de diversas agências de análise econômica.
Impactos e Exceções Divulgadas
Mesmo sob o peso da maior tarifa, de 50%, o Brasil possui uma lista considerável de exceções. A Casa Branca anunciou que quase 700 itens foram poupados da sobretaxa, abrangendo setores estratégicos como o aeronáutico, energético e agrícola. Entretanto, produtos como café, carne bovina e frutas não gozarão das mesmas isenções, e devem sentir o impacto significativo nas exportações.
Menos Afetados Pelas Novas Tarifas
Na outra ponta, o Reino Unido e as Ilhas Malvinas emergem como os menos afetados, com tarifas fixadas em 10%. Esses números representam uma tentativa de amenizar as tensões com parceiros tradicionais dos EUA, em meio a um complexo tabuleiro de negociações comerciais internacionais.
Reações e Desdobramentos
A decisão de Trump veio após ameaças de maiores taxas caso negociações comerciais não avançassem. No caso do Canadá, que registrou um aumento de tarifa de 25% para 35%, as negociações parecem estagnadas, apesar do contato inicial feito pelo primeiro-ministro canadense, Mark Carney, com a administração dos EUA.
Especialistas alertam que essas tarifas podem resultar em uma desaceleração da economia global, com reflexos negativos na projeção de crescimento do PIB de países envolvidos. O Banco Mundial e a OCDE já revisaram para baixo suas expectativas de crescimento para 2025, levando em conta as tensões comerciais.
Fechamento
A nova medida de Trump, prevista para entrar em vigor em 6 de agosto, sublinha a intenção de continuar utilizando tarifas como ferramenta de pressão e proteção econômica. Entretanto, analistas apontam riscos significativos, incluindo possíveis retaliações de outros países e impactos negativos no comércio global.
O cenário continua a evoluir, com negociações ainda em andamento, e a expectativa de novos ajustes em tarifas específicas após o período de vigência inicial da nova ordem executiva. Em jogo estão não apenas as relações comerciais dos EUA, mas também a estrutura econômica global, que sente os efeitos de mais uma rodada de disputa tarifária.
