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Juliana Marins: polícia indonésia ouve guia e outras testemunhas em investigação de possível negligência em trilha ao vulcão Rinjani

A polícia de Lombok Oriental, Indonésia, empreende investigações para determinar se houve negligência na morte da publicitária brasileira Juliana Marins, 26 anos, ocorrida durante uma trilha no Monte Rinjani. Em busca de respostas, foram ouvidos o guia que acompanhava Juliana, responsáveis pela agência de turismo, o carregador das bagagens e um policial florestal.

Abertura

Na última semana de junho de 2025, Juliana Marins, uma publicitária do Rio de Janeiro, perdeu a vida em circunstâncias trágicas ao cair cerca de 300 metros do caminho principal enquanto fazia uma trilha no Monte Rinjani, o segundo maior vulcão da Indonésia, localizado na ilha de Lombok. A morte chocou tanto o Brasil quanto a Indonésia, e agora as autoridades locais buscam apurar se houve negligência por parte dos envolvidos.

Desenvolvimento

Além dos depoimentos já colhidos, a polícia indonésia está em busca de novas testemunhas, como parte do esforço para entender a cronologia dos eventos que levaram ao incidente fatal. O principal objetivo é identificar qualquer ato criminoso ou negligente que possa ter contribuído para a morte de Juliana.

A família da jovem, insatisfeita com o relatório inicial da autópsia realizada em Bali, pediu um novo exame no Brasil, que contará com o apoio da Defensoria Pública da União (DPU) e é aguardado para assim que o corpo chegue ao Rio de Janeiro.

Em meio a essas investigações, o envolvimento da Embaixada do Brasil na Indonésia tem sido crucial, com dois diplomatas destacados para acompanhar o caso de perto. A autópsia preliminar apontou como causa da morte, múltiplas fraturas e lesões internas após a queda, mas levantou questionamentos quanto ao socorro prestado durante o resgate.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e outras instâncias internacionais podem vir a ser acionadas, caso se comprovem falhas ou omissões relevantes no resgate ou atendimento a Juliana, conforme reportagem da defensora dos Direitos Humanos da DPU, Taísa Bittencourt.

Contexto e Desdobramentos

O Monte Rinjani, por suas trilhas desafiadoras e condições climáticas imprevisíveis, exige preparo físico e equipamentos adequados para enfrentar o percurso que pode levar de dois a quatro dias. Este cenário aumenta a complexidade das operações de resgate, uma vez que o terreno acidentado e o clima adverso representam obstáculos significativos.

Vale destacar que a CIDH, órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), desempenha papel crucial na promoção e proteção dos direitos humanos nas Américas, podendo emitir recomendações aos Estados membros em casos de violação de direitos.

A possível repetição da autópsia no Brasil, ainda nesta semana, poderá ser decisiva para definir próximos passos e a necessidade de investigações internacionais. A família de Juliana espera que o laudo traga mais clareza sobre as circunstâncias da morte e conduza a Justiça a uma resolução mais precisa desse trágico episódio.

Esta cobertura reflete a atenção constante do portal Dado Capital em oferecer uma visão clara e abrangente sobre assuntos de grande relevância, assegurando ao leitor acesso a informações precisas e verificadas.

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