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Conheça navio de defesa mais moderno já produzido no Brasil


Conheça o Navio de Defesa Mais Moderno Já Produzido no Brasil

Itajaí — A segurança das fronteiras marítimas brasileiras está prestes a se fortalecer significativamente com a chegada do navio de defesa mais moderno já produzido no país. O projeto da classe Tamandaré, desenvolvido a partir da MEKO A-100 e em parceria com a ThyssenKrupp Marine Systems e a Embraer Defesa e Segurança, promete transformar o cenário naval do Brasil.

Contextualização e Inovações

Projetadas para substituir embarcações antigas da Marinha, como as fragatas da classe Niterói, as novas fragatas são uma evolução tecnológica crucial. A primeira da série, a Fragata Tamandaré, já em fase avançada de construção em Itajaí, será entregue à Marinha em dezembro de 2025. Este programa visa não apenas fortalecer a frota com quatro navios até 2029, mas também trazer inovações de ponta.

Entre as tecnologias de destaque, estão os sistemas que reduzem a detectabilidade do navio por forças inimigas. Substituindo as tradicionais chaminés, a exaustão ocorre na linha d’água, diminuindo a assinatura térmica e visual da embarcação. Além disso, a fragata contará com protótipos virtuais para melhor simulação de operações.

Formação Especializada

Para operar toda essa complexidade, os militares da Marinha estão passando por um intenso processo de treinamento, iniciado em julho. A primeira turma, composta por 20 militares, está se especializando no uso de um software inovador que funciona como o “cérebro eletrônico” da fragata, ligando e coordenando todos os sistemas de propulsão e combate. Até 2025, espera-se que outras 136 pessoas sejam treinadas, garantindo que o conhecimento técnico esteja em mãos brasileiras.

Reforços e Perspectivas

Com um custo aproximado de R$2,77 bilhões por navio, o investimento massivo no programa Tamandaré não só reforça a capacidade defensiva do Brasil, mas também o posiciona como um construtor naval de destaque na América Latina. Planos para um segundo lote de fragatas já estão sendo discutidos, alinhando-se com a Estratégia Marítima Nacional publicada em 2023.

A complexidade técnica e a demanda por mão de obra altamente qualificada sublinham o compromisso do governo em fomentar a participação da indústria nacional em projetos de defesa. Empresas brasileiras como a Atech, ao lado da Embraer, estão liderando o desenvolvimento de sistemas integrados, assegurando que a construção naval também represente um avanço tecnológico e industrial significativo para o país.

A expectativa é que a introdução dessas fragatas na frota venha não apenas melhorar a defesa marítima brasileira, mas também incentivar o desenvolvimento tecnológico e estimular a economia local, tornando o Brasil um player relevante na produção de embarcações militares de última geração.

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